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Foto: Divulgao |
De hoje at o prximo dia 30, a Europa desembarca na Veneza Brasileira atravs das telas do Cinema da Fundao, nas salas Derby e Museu, com a primeira edio do Festival de Cinema Europeu Imovision. O evento traz ao Recife o que h de mais relevante na atual produo cinematogrfica do Velho Continente. O Viver acompanhou a prvia em So Paulo, onde realizou entrevistas com os cineastas convidados.
A mostra apresenta obras premiadas nos principais circuitos internacionais, como Dreams, do noruegus Dag Johan Haugerud, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim 2025. Outro destaque A Luz, de Tom Tykwer (Corra, Lola, Corra), em sua segunda exibio mundial. E Alexandros Avranas volta cena com Sndrome da Apatia, vitorioso do Prmio Interfilm em Veneza.
Jean Thomas Bernardini, curador do festival, destaca a singularidade das 16 obras escolhidas: “Cada filme oferece uma perspectiva nica sobre o continente. So produes que, independentemente de suas origens, estabelecem um dilogo ntimo com o pblico. A maioria dos participantes confirmou presena imediatamente e todo o processo de seleo fluiu de maneira orgnica”, revela o francs.
Entre esses olhares particulares sobre a Europa contempornea, destaca-se a ousada releitura de Audrey Diwan para o clssico Emmanuelle. “Esse filme fala muito sobre uma solido bem contempornea e o desejo que todos temos de nos reconectar”, explica Audrey ao Viver. “A protagonista a por essa redescoberta do prprio corpo. Para isso, preciso aceitar suas vulnerabilidades”.
Enquanto Diwan investiga as microrrelaes humanas, Frdric Farrucci amplia o zoom para as macrotenses continentais em O ltimo Moicano, que se vale do gnero western para tratar de disputas territoriais e polticas. Entre suas referncias est Bacurau, dos cineastas Kleber Mendona Filho e Juliano Dornelles. “ meu filme brasileiro favorito pela forma como usa o gnero para falar de questes estruturais”, conta Farrucci, antecipando o dilogo que este festival estabelece entre a nova safra europeia e o pblico pernambucano.